Como muitos sabem, a Copa do Mundo de 2022 acontecerá em novembro, um período nada convencional para a competição que ocorre normalmente entre os meses de junho e julho. A mudança na data foi decidida em 2015 pela FIFA e foi motivada pelas altas temperaturas no país sede, o Qatar, durante o período normal. Mas é importante mencionar que, mesmo sendo mais fresco nessa época do ano, ainda sim são necessárias algumas maneiras de resfriar os ambientes. Por isso, foi criada uma tecnologia para deixar os estádios mais frescos, e ela é alimentada por energia solar!
Nos meses de novembro e dezembro, as temperaturas no país podem chegar a 50ºC, dificultando o trabalho dos atletas, jornalistas e outros profissionais, assim como do público que viaja para assistir a Copa do Mundo de perto. O estádio Education City que vai receber alguns dos jogos é um desses locais. Com uma tecnologia capaz de manter a temperatura interna abaixo de 27º, ele possui capacidade para 45.350 espectadores.
Como a energia solar chegou à Copa do Mundo?
Você sabia que a energia solar foi usada pela primeira vez em uma Copa do Mundo aqui no Brasil? No dia 25 de abril de 2014, a Usina Fotovoltaica do estádio Governador Magalhães Pinto, popularmente conhecido como Mineirão, entrou em operação.
Com 5910 módulos instalados na cobertura, a potência do local chegava a 1420 kWp. O projeto foi viabilizado por uma parceria entre o governo do estado de Minas Gerais, a Cemig e a concessionária Minas Arena e se tornou, na época, a maior usina fotovoltaica construída em um estádio.
Aproveitando o potencial do local
Assim como vários outros países do Oriente Médio, o Qatar recebe uma incidência solar bem intensa, o que o torna propício para uma produção vantajosa de energia fotovoltaica. Apesar desse tipo de energia não ser produzida pelo calor, e sim pela radiação, não há como negar que os lugares mais quentes produzem melhor.
Levando isso em conta, usinas como a Al Kharsa’ah desempenharão um papel essencial na redução dos gases estufa do Qatar, além de diminuir a dependência do gás que o país tem para a produção de energia.