A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) acionou a bandeira amarela para as contas de luz em julho de 2024. Isso significa que a conta de energia ficará ainda mais cara. Essa mudança é motivada pelas previsões de chuvas abaixo da média—cerca de 50% até o final do ano—e pelo crescimento esperado da carga e do consumo de energia durante o mesmo período.
Mas antes de falarmos mais sobre o que essa atual bandeira representa, vamos revisar brevemente o que são as bandeiras tarifárias.
O que são Bandeiras Tarifárias?
As bandeiras tarifárias são um sistema que reflete o custo de geração de energia elétrica no país. Existem três tipos de bandeiras: verde, amarela e vermelha (patamares 1 e 2). Durante bandeira verde, não há acréscimos no valor da tarifa.
A bandeira amarela, por outro lado, indica que as condições são menos favoráveis, resultando em um custo adicional de R$1,88 para cada 100 kWh consumidos. Já a bandeira vermelha, presente nos patamares 1 e 2, representa condições ainda mais dispendiosas, com acréscimos de R$4,47 e R$7,88 para cada 100 kWh, respectivamente.
💡 Explicamos melhor sobre o funcionamento das bandeiras tarifárias nesse artigo.
O Cenário de Julho de 2024
No início de julho, a Aneel acionou a bandeira tarifária amarela. Esta decisão foi motivada por dois fatores principais: a previsão de precipitações 50% abaixo da média até o final do ano e a projeção de aumento no consumo de energia elétrica.
Em outras palavras: prepare-se para ver um aumento na sua conta de luz nos próximos meses.
De acordo com a Infomoney, essa revisão impacta diretamente o bolso do consumidor. Este cenário não é apenas um reflexo das condições meteorológicas adversas, mas também da crescente demanda de energia devido ao desenvolvimento econômico e ao aumento de consumo.
A adoção da bandeira amarela sinaliza condições menos favoráveis para a geração de energia das concessionárias, resultando em um acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.
O sistema de bandeiras tarifárias, introduzido em 2015, tem como objetivo informar aos consumidores sobre os custos reais da geração de energia no país.
Ele opera com base em três indicadores principais:
- Preço de Liquidação das Diferenças (PLD);
- Nível de risco hidrológico (GSF);
- Geração fora do mérito de custo (GFOM).
Para julho, o acionamento da bandeira amarela foi determinado pelo risco hidrológico e pelo aumento do PLD.
Esta mudança marca o fim de um período de 26 meses sob a bandeira verde. O novo cenário pode levar à ativação de usinas termelétricas, que têm custos de operação mais elevados em comparação com as hidrelétricas.
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